Pessoal da oficina do Fabian! à esquerda seu filho Leandro, ao lado do Leandro o Luis, que deu uma revisada na moto. Ao meu lado "my hermano" Fabian! Conversei com o Fabian esses dias por telefone, ele me pediu que colocasse uma foto do pessoal da oficina aqui! Está ai "my hermano"!

Admito minha falta de consideração com este blog! Vou contar o final da viagem duas semanas após chegar em BH. Mas tudo bem, se não o fizer, vou ter que carregar o sentimento de coisa inacabada. O motivo de não ter escrito assim que cheguei em BH foi que logo após minha chegada viagei para a Bahia. Lá eu tive lesera e não consegui nem ligar o computador.

Sai de Mendoza na segunda dia 09/02, pernoitando na cidade de Rio Quarto. Na terça fui de Rio Quarto a Villaguay. Puoco antes de chegar em Villaguay fui parado pela temida Polícia Caminera da Província de Entre Rios. Assim que viu que eu era brasileiro o policial deu um sorriso que se estendia de orelha a orelha, certo que levaria alguns pesos naquela brincadeira. A moto, que vinha tendo vários maus-contatos na parte elétrica, resolveu funcionar perfeitamente. O camarada leu minha papelada por mais de 10 minutos querendo encontrar alguma coisa errada. Não havia nada de errado, eu ainda fiz uma cara de pobre coitado viajando de moto velha que deve ter causado alguma comoção no policial. Para me liberar pediu apenas que eu acionasse a buzina, numa última esperança de levar algum trocado.

Na quarta dia 11/02 saí de Villaguay rumo ao Brasil. O calor estava infernal. Na estrada já podia ver vários carros brasileiros. Às 15:00 cheguei em Porto de Los Libres, na Argentina. Atravessei a ponte que divide os dois países e entrei em Uruguaiana. Curioso que na fronteira ninguém me parou. Vi uma cancela aberta sem ninguém por perto e passei por ela antes que algum funcionário viesse me pertubar querendo revistar a bagagem.

Foi muito bom estar no Brasil novamente. Coisas simples como pedir uma informação em português, comer um pastel na rua ou pagar minhas contas em real já estavam fazendo muita falta.. Neste dia fui pernoitar em São Luiz Gonzaga, no Rio Grande do Sul.

Na quinta dia 12/02 fui de São Luiz Gonzaga a Curitiba, percorrendo 850 Km. Viagem sem maiores detalhes, vale citar apenas o frio de onze horas da noite para chegar em Curitiba.

Na sexta não viagei, fui sair de Curitiba no sábado dia 14, com a intenção de rodar 1000 Km até BH. Choveu muito forte durante todo o trajeto. Já era 01:00 da madrugada de domingo, faltavam apenas 100 Km para chegar em BH quando de repente a corrente da moto quebrou. No meio da escuridão não havia muito o que fazer. Telefonei para um guincho buscar a moto e deixa-la num posto de gasolina próximo ao local. Muito cansado fiquei tomando umas cervejinhas no posto enquanto aguardava meu pai me buscar de carro. Resolvi não ficar para arrumar a moto já que seria difícil conseguir alguma coisa domingo. Cheguei em casa quase cinco da manha, um pouco chateado por não ter sido na moto, mas ao mesmo tempo satisfeito por ter tido um problema, o único de toda a viagem, a apenas 100 Km da minha casa, onde tudo é mais fácil de se resolver.

Estao ai mais fotos! Estradas, eu e o casal Joao Paulo e July July e um Peugeot que quase comprei na mao do Fabian! Amanha escrevo com detalhes porque hoje rodei quase 900 Km!!!

O dono do hostel e gente boa mesmo! Liberou o computador geral! Estao ai mais umas fotos! Uma arvore entre Mendoza e San Luis, eu, a tormenta no dia do Sr. Ramirez e uma reta pouco antes da tormenta!

Como sempre, agora vou escrever com pressa de novo. Peguei emprestado o computador do dono do hostel e nao posso abusar!
Os argentinos sao mesmo muito legais! Em Las Varillas conheci Gabriel, Rubem, Roque e Eduardo, estavam escutando Chico Buarque quando eu cheguei, viram que eu era brasileiro e logo fomos conversar e tomar umas Quilmes, assim como vc sugeriu Dandan!
Quando cheguei em Mendoza conheci o Fabian. Dia seguinte ele me levou numa oficina para dar uma olhada na moto e disse que eu nao poderia ir embora sem ir no aniversario de Tintin! Pois fomos no aniversario do Sr. Tintin e la conheci o pessoal do motoclube Vangelis. Lembrei de vc George! Fiz um comentario sobre o Aguia Real.
O Fabian e um cara sem nocao de gente boa. Fez questao de me levar ate a saida para o Chile e ate arrumou telefones de pessoas para eu ligar la se precisasse.
Subi a cordilheira no sabado. A visao e impressionante, como da pra ver nas fotos. Estava muito frio, frio mesmo. Mas deu pra aguentar. A moto subiu bem, esta dando algumas engasgadas, e nao e so na altidude, acho que vou ter que limpar o carburador.
Cheguei em Vina del Mar e o que tenho a dizer sobre ela e que e uma cidade bonitinha mas ordinaria! Cara e fria, muito sem graca. Ja acordei morrendo de vontade de voltar pra Mendoza, que é muito legal, e foi isso que fiz! Dessa vez a cordilheira estava ate quente. Amanha devo tentar chegar perto de Santa Fe de novo. Nada de voltar por Buenos Aires, ja estou com muitas sadades da Lygia, da minha familia e dos meu amigos!

Estou escrevendo de Mendoza! A viagem esta tranquila. A moto veio bem mas nos ultimos quilometros comecou a bater um pouco a corrente de comando. Como a moto esta na oficina e tenho que voltar pra la vou ter que escrever pouco. As fotos sao de uma placa entre San Luis e Mendoza e do amigo Daniel quando nos reencontramos na estrada. Amanha subo a cordilheira, apesar de ser uma estrada com recursos, estou meio ancioso. Vou indo para ver a moto!

Obs; minha mae falou que isso aqui ta cheio de erro de portugues, mas os teclados aqui sao diferentes e eu desistir de aprender a usar!

Estou em uma cidadezinha do interiorzao mesmo da Argentina, tipo Taiobeiras! Cheguei aqui às 21:30, andei muito pois o sol se poe bem tarde aqui. Na primeira noite dormi em um hotel em Posadas. Acordei e o dia estava otimo para viajar. Andei uns 100 Km e parei em um posto para comer e por gasolina, o cara falou que nao havia nada de comer, mas que a 30 Km tinha outro posto. La fui eu! So que andei mais de 70 Km e o lugar foi ficando cada vez mais deserto. Ai de repente eu descobri de onde vem as frentes frias da Argentina. De uma hora pra outra eu vi umas nuvens vindo do sul, deu medo aquelas nuvens naquele descampado. Era a mesma sensacao de quando se esta na praia e se aproxima uma onda muito grande. Parei para vestir a roupa de chuva. Foi bem em tempo pois foi a primeira vez na viagem que a roupa falhou e entrou agua na mochila. Estava andando a uns 40 min. sem achar qualquer lugar para me abrigar quando vi uma casinha muito simples a uns 100 m da estrada. Me aproximei e perguntei a senhora se poderia me abrigar num lugar do lado da casa. Ela disse num espanhol bem dificil que sim e abriu a porta de uma capelinha ao lado da casa dela, puxou uma cadeira e foi embora pra sua casa. Fiquei la sozinho, com fome e frio. Pela primeira vez me perguntei o que estava fazendo ali. Depois de um tempo veio o dono da casa, Sr Ramirez, trazendo um pedaco de pao e querendo conversar. Eu estava com muita fome, comi o pao e agradeci o Sr Ramirez por mais de dez minutos. A chuva melhorou e eu fui embora, depois de uma hora as nuvens se foram e terminei a viagem ate Reconquista com uma das mais belas tardes que ja vi.
A comunicacao com os Argentinos tem sido na base do si,si, no, no, mas ta dando certo! O problema e que eu nao falo portugues a tres dias e isso ta meio que embolando minha lingua, mas ta de boa!
A maior coincidencia da viagem aconteceu hoje. Quando sai de Santa Fe um carro me deu sinal para parar. Era o amigo Daniel, que conheci em Posadas, ha mais de 1000 Km, que viajava com seu pai! Paramos em uma "estacione del servico" mais adiante e ficamos conversando. Trocamos e-mail e dei a ele o endereco do blog. Daniel disse que vai comprar uma moto para viajar ano que vem, vamos ver se na proxima vez o recebo em BH! Agora vou voltar ao Hotel para ver se ainda mato algumas baratas antes de dormir. Nao vou postar fotos hoje porque o computador que estou nao esta reconhecendo a maquina. Amanha devo estar em Mendoza e tento de la!

Já estou em Posadas na Argentina! Ontem fui nas cataratas e voltei ao hostel para pegar uma piscina porque o calor tava demais. Conheci dois chilenos boa praca, Pablo e Félix. Depois de tres cervejas ja éramos praticamente melhores amigos, conversamos por umas seis horas direto.

Na manha de segunda fui ao Paraguai, que zona. À tarde entrei na Argentina, a funcionária da aduana deve ser a mulher mais mal educada que eu ja vi, mas tudo bem. Chegando em Pousadas, um argentino chamado Daniel me perguntou de onde eu vinha, o cara tambem era boa praca, conversamos por uns minutos e ele me deu umas dicas de hotel. Estao ai algumas fotos, agora vou ver o que arrumo pra comer, amanha devo estar em Santa Fé. É isso ai!!!

Na sexta fiz minhas obrigações em Curitiba e sai pra dar uma volta. Sábado sai tarde e não consegui chegar em Foz, dormi em Cascavel. A viagem foi tranquila, o único susto foi um gato que atravessou a estrada sem prestar atenção, o bico do sapato bateu na anca do bichano. Quando olhei pra trás ele tinha pegado um carrerão pro meio do mato. Acho que não morreu coitado! O cenário está mudando, já vejo vários caminhões e carros da argentina e paraguai. Algumas fotinhas ai em cima, de Curitiba e da estrada entre Curitiba e Cascavel.

Fotinha rápida! Amanhã escrevo porque hoje...
Agora já da pra escrever! Vou falar sobre a saída de BH e o trecho Varginha-Curitiba
A saida foi bem chata, arrumei tudo na correria, a chuva ia e vinha de forma que resolvi sair logo com a roupa de chuva. Minha mãe estava meio choroza, pensei como deve ser difícil esse negócio de ser mãe ou pai. Me despedi dela e do Wazão. Subi na moto meio "chapado" por saber que a viagem estava finalmente acontecendo.
Logo depois de Igarapé comecou uma chuva forte, tive que reduzir bastante a velocidade. Na confusão da saída, não fiz corretamente o cálculo da gasolina e perto de Oliveira o motor apagou de vez, no meio da chuva. Por coincidêcia havia um caminhãozinho capotado logo na minha frente mas não era nada grave. Fucei um pouco na moto e consegui faze-la funcionar de novo. Com esses atrasos fui obrigado a pilotar por duas horas à noite. Cheguei em Varginha às 21:30, sendo muito bem recebido pelos amigos André e Marielen.
Sai de varginha as 10:00 e logo comecou a chuva, que me acompanhou até Pouso Alegre. Na divisa dos estados de Minas e São Paulo tirei a roupa de chuva pois o sol estava castigando. Essa vida mansa iria durar até a cidade de São Paulo, quando novamente vesti a roupa, dessa vez em plena Marginal Tiete, quem passava de carro deve ter achado engracado aquele sujeito pisando no chão de meias vestindo uma calca por cima da outra. Foi bem em tempo pois a chuva foi forte. Gastei quase duas horas para atravessar a cidade de São Paulo, o desgaste foi enorme, quando achei que não conseguiria cumprir os 400 Km até Curitiba, o tempo, a estrada e a paisagem resolveram ficar do meu lado. Excelente a Regis bitencout, não entendi porque a chamam de rodovia da morte, a paisagem então...
A chuva só voutou a 100 Km de Curitiba, novamente roupa de chuva e velocidade de bicicleta. Cheguei em Curitiba às 23:00, cansado mas feliz por ter cumprido o meu objetivo! Agora vou ao banco fazer o seguro carta verde, vou também cortar o cabelo porque não sei se tem barbeiro na Argentina, afinal de contas todo argetino que eu vejo é cabeludo.